domingo, 23 de setembro de 2012

Quincas Borba - Machado de Assis


Quincas Borba”, publicado em 1891, dá continuidade à história de um dos personagens do livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. Amigo de infância de Brás Cubas, o filósofo Quincas Borba, que se diz criador do Humanitismo, morre nesse novo romance e deixa sua herança para Rubião, enfermeiro particular e companheiro de todas as horas. 

O enredo centrado no rumo que a vida de Rubião toma é universal. Trata de ingenuidade e oportunismo, itens presentes em todos os segmentos da sociedade. O lado ingênuo do enfermeiro aparece quando ele decide trocar a calma de Barbacena pela agitação do Rio de Janeiro. 

Além do dinheiro, Rubião leva junto o cão Quincas Borba, que pertencera ao filósofo e do qual deveria cuidar sob a pena de perder a herança. Durante a viagem de trem, Rubião conhece Sofia e Palha, que logo percebem estar diante de um homem rico e bondoso. Atraído pela amabilidade do casal e, sobretudo, pela beleza de Sofia, passa freqüentar a casa dos novos amigos e lhes dedicar confiança total. 

Após prestar muitos favores, inclusive financeiros, ao casal, Rubião declara seu amor a Sofia, que o recusa. E, com o marido Palha, planeja arrancar-lhe o restante da herança. Com o tempo, Rubião chega ao empobrecimento absoluto e à loucura decorrente da rejeição. 

Abandonado por todos que dele se aproveitaram, Rubião retorna para Barbacena com o cão Quincas Borba. Na casa da comadre Angélica, o enfermeiro morre, coroando-se Napoleão 3º e pronunciando a máxima do filósofo Quicas Borba, "ao vencedor, as batatas". A frase traduz a idéia da sobrevivência do mais forte, que Rubião só consegue compreender ao chegar ao limite da fraqueza.




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